quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Medicina Popular no Brasil e a Sustentabilidade Ambiental


Na história da medicina, quanto as práticas populares de cura, baseadas na cultura e na tradição, são abordadas, geralmente, em oposição ao saber médico ou consideradas como simples crenças, superstições, de uma medicina incipiente, não científica, demonstrando uma oposição entre saberes e práticas, dando ao curandeirismo o caráter de sobrevivência.
Tais práticas existem desde a antiguidade, onde a sabedoria era essencial para se transmitir o conhecimento de uma geração á outra, onde os mais velhos eram considerados mestres que estavam sempre cercados de aprendizes querendo saber mais sobre o universo e tudo que faz parte dele.
A incompreensão sobre os males que afetavam os povos sempre foi um assunto envolvido em mistério e magia. A falta de médicos e o alto índice de rezadores tornaram-se fatores predominantes da permanência das diversas culturas religiosas na prática popular da medicina.
A medicina popular, no entanto se define como um sistema médico, por envolver, basicamente, técnicas de diagnóstico e interpretações etiológicas, como as determinantes das terapêuticas a serem aplicadas às questões que envolvem saúde física, mental e espiritual. Tal medicina sempre esteve calçada em idéias e valores ditados pelo consciente coletivo, tendo, portanto, seus conhecimentos transmitidos por meios predominantemente orais onde a mesma se adéqua a diferentes contextos socioculturais em que está inserida.
A medicina popular ou rústica sempre foi utilizada por diferentes povos no qual a utilização de drogas, substâncias, gestos ou até mesmo palavras, com a finalidade de obter mais saúde para as pessoas que necessitavam por alguma razão recorrer à medicina, com intuito de superar os males que os afligiam, era visto como um sistema complexo direcionado a ordem médica, porém, já na religião busca-se o mesmo objetivo, contudo, com a diferença singular de que “Cristo cura”. Ambas são consideradas práticas sociais e culturais cotidianas no espaço-tempo da formação cultural de diferentes povos.
No entanto, verifica-se que independente da preocupação da medicina ou da religião de diminuir o sofrimento do individuo, a saúde psicossocial está fragilizada o que leva a individualização e a crise social, fazendo com que surjam alternativas de cura através de recursos naturais. Isto por tanto é uma herança que os índios nos deixaram e uma das mais antigas formas de tratamento de doenças.
Nasce a partir daí a preocupação com o desenvolvimento sustentável que foi concebido como conjunto de ações voltado para solucionar ou reduzir inúmeros problemas de ordem ambiental, econômica e social prevenindo assim o esgotamento dos recursos naturais.   Assim, a sustentabilidade vai tornando-se mais complexa o que diz respeito ao contexto histórico cultural, pois são inúmeras as ameaças à manutenção da biodiversidade no qual são todas resultado das ações humanas direta sobre o meio ambiente, tais como: a urbanização, a expansão da agricultura, a derrubada das florestas para extração da madeira e a coleta excessiva de espécies específicas.
Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza e ao ambiente, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável, a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.
É necessário, portanto, um uso sustentável das inúmeras e variadas plantas para prevenir impactos ambientais causados pelas atividades de coleta desses recursos naturais, respeitando os métodos de plantio e principalmente evitando a extinção de espécies. Em questão de saúde o homem passa a ser instrumentalizado afim de que ele assuma a responsabilidade pela sua própria saúde. Ainda que tais processos ocorram de forma sustentável não se deve descartar o avanço da medicina cientifica, pois a medicina popular em alguns casos pode causar danos irreversíveis para os seres humanos (ex: curandeirismo).  
Texto apresentado na disciplina Antropologia Filosófica, ministrado pelo profº Fabiano Oliveira.
Participação da aluna Daiane Oliveira.
Referência: Os limites do Indivíduo, Gey Espinheira.

5 comentários:

  1. BOM ARTIGO!

    PARABÉNS A EQUIPE.

    ABRAÇO.

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  2. Gosto muito de Gey Espinheira, e esse texto tá 10!

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  3. Estou muito contente com o o desenvolvimento de vocês, excelente texto sobre a medicina popular.

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